quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Amor no monstro vermelho...

"Uma rapariga de 13 anos tentou suicidar-se porque queria doar o fígado ao pai, que padece de cancro em fase terminal. A adolescente chinesa sobreviveu e está em estado crítico, no mesmo hospital do progenitor.

Chen Jin terá engolido cerca de 200 comprimidos para dormir quando descobriu um bilhete na carteira da mãe, no qual estava escrito que o pai sofre de cancro e tem apenas três meses de vida, reporta a gência de notícia chinesa Xinhua.

"Mãe, tenho pena de não te poder ver mais. Por favor dá o meu fígado ao papá para o salvar depois da minha morte". A mensagem de Chen Jin estava escrita numa nota de suícido que a mãe da rapariga encontrou junto da filha.

A mãe de Chen Jin regressava do hospital, onte tinha ido visitar o marido, quando se deparou com a porta da frente da casa fechada. Teve de trepar por uma janela para entrar em casa, onde encontrou o corpo da filha prostrado na cama. Ao lado tinha dois frascos vazios de soporíferos.

O incidente ocorreu a 24 de Janeiro, na província de Jiangsu, no Leste da China. A adolescente está internada no mesmo hospital onde está o pai. A jovem Chen Jin está nos cuidados intensivos, variando entre períodos de inconsciência, em estado considerado crítico.

Os médicos dizem que ainda que recupre, o que não é certo, a jovem Chen Jin vai precisar de cirurgia para reparar as queimaduras que sofreu do cobertor eléctrico enquanto esteve inconsciente na cama após a tentativa de suicídio, conta o site China Daily.

A mãe, que ganha cerca de 130 euros por mês, já gastou mais de 12 mil euros em tratamentos para o marido, a quem foi diagnosticado um cancro no fígado, em Dezembro. Segundo os média chineses, a senhora, também de saúde deficitária, tem como maior preocupação, de momento, impedir que o pai tenha conhecimento do acto desesperado, mas de amor extremo, da filha."

(aqui)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Gosto de começar a ver as notícias 5 ou 10 minutos depois de começarem. Aí é que vêm as mais interessantes, depois do habitual "circo" da abertura: políticos a insultarem-se, sistemas de saúde e de educação, escândalos escandalosos... bbaahhh boring...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Depois de pouco fazer a não ser tratar de coisas de trabalho, eis que vem a liberdade. Tenho feito mais do que ficar sentado ao computador, por isso finalmente esta secção vai estar mais preenchida. Filmes, passeios, concertos... tem havido um bocadinho de tudo. Começamos por esta bela vista, ontem à tarde, a terceira segunda-feira de Janeiro, considerada num artigo como o dia mais depressivo do ano por várias razões, entre as quais o facto de os propósitos de ano novo começarem a perder a força, a ausência de festas ou datas importantes, e o clima cinzento.

No entanto, foi essa mesma segunda-feira que produziu este espectáculo memorável: o sol a romper as nuvens, iluminando ondas de 6 metros na Foz do Douro. Parece que nem tudo pode ser tão facilmente definido como queremos!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Into The Wild

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"Quando se perdoa, ama-se. E quando se ama, a luz de Deuz brilha sobre nós."

"Felicidade só real quando partilhada."



Grande filme... ficamos pasmados pela intensidade e simplicidade da história de um homem em quem se cruzam duas buscas: pela cura afectiva duma vida familiar infeliz, e pelo regresso a um estilo de vida humano em sintonia autêntica com a Natureza, com os outros, e connosco próprios. Dois gritos de socorro partilhados por tantos de nós.

Um caminho duma coragem e transparência impressionantes que só uma grande pessoa o seria capaz de percorrer. A sua solidão e doçura dá-nos vontade de protegê-lo, consolá-lo e salvá-lo.

Do princípio ao fim respira-se Tolstoi e Thoreau, os últimos companheiros de Christopher Johnson McCandless. A sua história insignificante e desconhecida revela o retrato de um verdadeiro herói da busca humana fundamental.

No fim, um sorriso solitário, real e autêntico diz tudo: dois anos de liberdade e beleza nuas e cruas estampadas no rosto. E a descoberta do que realmente importa na vida.

E tudo ao som do grande Eddie Vedder, também ele fugitivo do sistema.

Quem não se sentir tocado, identificado ou questionado por este filme, está morto.

Obrigado Alexander Super Tramp

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Agir o quê? Não me deixam agir... agir tem sido agir segundo a sociedade. Agir para mim é agir segundo o que vem de mim, não me deixam. As pessoas que chegaram a este sítio antes de mim - antes de eu nascer, desde antes dos meus pais e dos pais dos meus pais nascerem - deram cabo disto. Nasci e não me deixam agir. Não me deixam. Não me deixam ser. Nasci e vejo prédios, e vejo ruas e vejo estradas a matar o pasto, a matar o orvalho, a matar, a matar. Nasci e não me deixam e só vejo matar e matar. Matar e matar. Nasci e só vejo matar e matar e matar.

Um dia destes bazo e deixo esta merda toda pra trás