segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Into The Wild

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"Quando se perdoa, ama-se. E quando se ama, a luz de Deuz brilha sobre nós."

"Felicidade só real quando partilhada."



Grande filme... ficamos pasmados pela intensidade e simplicidade da história de um homem em quem se cruzam duas buscas: pela cura afectiva duma vida familiar infeliz, e pelo regresso a um estilo de vida humano em sintonia autêntica com a Natureza, com os outros, e connosco próprios. Dois gritos de socorro partilhados por tantos de nós.

Um caminho duma coragem e transparência impressionantes que só uma grande pessoa o seria capaz de percorrer. A sua solidão e doçura dá-nos vontade de protegê-lo, consolá-lo e salvá-lo.

Do princípio ao fim respira-se Tolstoi e Thoreau, os últimos companheiros de Christopher Johnson McCandless. A sua história insignificante e desconhecida revela o retrato de um verdadeiro herói da busca humana fundamental.

No fim, um sorriso solitário, real e autêntico diz tudo: dois anos de liberdade e beleza nuas e cruas estampadas no rosto. E a descoberta do que realmente importa na vida.

E tudo ao som do grande Eddie Vedder, também ele fugitivo do sistema.

Quem não se sentir tocado, identificado ou questionado por este filme, está morto.

Obrigado Alexander Super Tramp

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008


Agir o quê? Não me deixam agir... agir tem sido agir segundo a sociedade. Agir para mim é agir segundo o que vem de mim, não me deixam. As pessoas que chegaram a este sítio antes de mim - antes de eu nascer, desde antes dos meus pais e dos pais dos meus pais nascerem - deram cabo disto. Nasci e não me deixam agir. Não me deixam. Não me deixam ser. Nasci e vejo prédios, e vejo ruas e vejo estradas a matar o pasto, a matar o orvalho, a matar, a matar. Nasci e não me deixam e só vejo matar e matar. Matar e matar. Nasci e só vejo matar e matar e matar.

Um dia destes bazo e deixo esta merda toda pra trás